O Sindicato dos Funcionários Públicos do Distrito Federal acaba de ganhar uma liminar na justiça que proíbe o governo de divulgar os salários e desse modo cumprir a lei de acesso às informações recentemente promulgada. Isto significa que ao menos por enquanto os funcionários do GDF estarão livres de terem os seus salários expostos na internet pra todo mundo ver.
Milhares de pessoas almejam (ops!) ingressar no serviço público, ainda que seja para exercer cargos e funções bem humildes como gari ou vigilante por exemplo. A estabilidade no emprego parece que é a vantagem principal que todo mundo procura. Mas, o que vem a ser um "funcionário público"? Como o próprio nome já diz, trata-se de um funcionário à serviço do público, ou seja, do POVO. Até bem pouco tempo atrás, aliás, era chamado de "servidor público", denominação que me parece bem mais adequada.
Servidor, aquele que serve! Serve a quem? Serve ao povo, ora essa! Ao povo, que afinal de contas lhe paga o salário, este funcionário deve satisfação. Eu como pagador de impostos tenho o direito de saber o que este funcionário está fazendo e também quanto ganha por mês.
A questão a meu ver passa pelo próprio conceito que ainda se tem no Brasil acerca do que seja um "funcionário público". Desgraçadamente, como diriam os espanhóis, neste país teima-se em considerar o funcionário público como uma pessoa sem compromisso algum com a responsabilidade e com a qualidade do serviço que presta a população. Ele (ou ela) sabe que dificilmente poderá ser demitido, então, dane-se o resto! O funcionalismo vive como se não tivesse que prestar satisfação a ninguém. Querem sempre mais regalias, agora, serviço de qualidade para o povo, nada!
A galera do sindicato aqui de Brasília talvez esteja pensando (e com razão) que se o povo souber de fato o quanto ganham sem fazer quase nada, promova uma revolução...