quarta-feira, 4 de julho de 2012

O FUNCIONÁRIO PÚBLICO SERVE A QUEM?

O Sindicato dos Funcionários Públicos do Distrito Federal acaba de ganhar uma liminar na justiça que proíbe o governo de divulgar os salários e desse modo cumprir a lei de acesso às informações recentemente promulgada. Isto significa que ao menos por enquanto os funcionários do GDF estarão livres de terem os seus salários expostos na internet pra todo mundo ver.
Milhares de pessoas almejam (ops!) ingressar no serviço público, ainda que seja para exercer cargos e funções bem humildes como gari ou vigilante por exemplo. A estabilidade no emprego parece que é a vantagem principal que todo mundo procura. Mas, o que vem a ser um "funcionário público"?  Como o próprio nome já diz, trata-se de um funcionário à serviço do público, ou seja, do POVO. Até bem pouco tempo atrás, aliás, era chamado de "servidor público", denominação que me parece bem mais adequada. 
Servidor, aquele que serve! Serve a quem? Serve ao povo, ora essa! Ao povo, que afinal de contas  lhe paga o salário, este funcionário deve satisfação. Eu como pagador de impostos tenho o direito de saber o que este funcionário está fazendo e também quanto ganha por mês.
A questão a meu ver passa pelo próprio conceito que ainda se tem no Brasil acerca do que seja um "funcionário público". Desgraçadamente, como diriam os espanhóis, neste país teima-se em considerar o funcionário público como uma pessoa sem compromisso algum com a responsabilidade e com a qualidade do serviço que presta a população. Ele (ou ela) sabe que dificilmente poderá ser demitido, então, dane-se o resto! O funcionalismo vive como se não tivesse que prestar satisfação a ninguém. Querem sempre mais  regalias, agora, serviço de qualidade para o povo, nada! 
A galera do sindicato aqui de Brasília talvez esteja pensando (e com razão) que se o povo souber de fato o quanto ganham sem fazer quase nada, promova uma revolução... 

terça-feira, 3 de julho de 2012

A MULHER DO CACHOEIRA

A elite brasileira é cara de pau mesmo. Desde os primórdios (ops!) da nossa história a burguesia que se aproveitou do trabalho escravo jamais reconheceu qualquer pecado. Hoje como ontem, acordam e dormem com a tranquilidade, a serenidade dos anjinhos. Nada de mal fizeram nem fazem a ninguém. Pelo contrário, sempre ajudaram e ainda ajudam os pobres a não morrerem de fome. São muito "caridosos"... Que a ralé lhe seja grata por toda vida, então!
Foi com este mesmo pensamento que nesses dias a linda esposa do Carlinhos Cachoeira, famoso contraventor (bicheiro na linguagem popular...) veio a publico declarar, sem nenhum constrangimento, aliás, que o "seu marido" (dela) é um "empresário". E disse mais: o "meu marido" (dela) é um preso político.
E de fato tem razão a dita cuja senhora. Contraventor, criminoso, picareta  e marginal nesse país é o negão que se esconde das favelas e nos guetos das nossas grandes cidades, é o garoto que trabalha para o tráfico, para o jogo do bicho também. Essa raça, essa escória (ops!) realmente não tem dinheiro para pagar advogados da estirpe (ops!) de um Thomas Bastos, por exemplo. Então, tome-lhe cadeia e porrada nesta gentinha. 
Não sei no que vai dar esta Comissão de Inquérito no Congresso Nacional. Na verdade também nada espero. Talvez pra variar, inocentem os culpados e culpabilizem os inocentes, como é de praxe. O que sei é que as nossas elites continuarão com a mesma postura, cometendo os mesmos crimes e se dizendo inocentes de tudo. Nenhuma novidade, portanto.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

DONA DILMA ACENDA A LÂMPADA!

Diz o ditado popular que "quem não deve não teme". A lei que obriga a administração pública a revelar os salários dos seus (nossos, melhor dizendo) funcionários foi sancionada mas ainda encontra muitas resistências por parte de alguns setores. No Poder Judiciário então, nem se fala! Tem juiz alegando que se o povo souber quanto é que  ele ganha vai querer sequestra-lo (sinal de que deve estar ganhando muito bem...!).
O que parece ser uma questão de lógica se transformou em exercício de demagogia. Mutos agentes do governo, em todas as esferas, elaboram um discurso aparentemente coerente  mas que na verdade não passa de embromação. 
E por que é que eu digo que é uma questão de lógica? Porque, como o próprio nome já diz, trata-se de SERVIÇO PÚBLICO, e  por isso mesmo o "público", os cidadãos e cidadãs que pagam por este serviço para dele receberem a prestação devida, têm o direito de saber tudo, inclusive quanto paga por ele. Como diria aquela comediante da Globo: "Tô pagando"... Quem paga tem que saber a quem paga e quanto paga não é mesmo? E mais ainda: tem que exigir que lhe seja entregue o produto adquirido ou lhe  seja prestado um bom serviço.
Então, seguindo este meu  raciocínio, no Brasil a gente paga, e paga caro, muito caro, por um produto que nem sempre é entregue e por serviços que na maioria das vezes não são prestados ou o são de forma precária. Exemplos abundam (ops!), a saúde, a educação, o transporte... e por aí vai (não vai, aliás!...) Além disso, nem sequer sabemos o quando pagamos!
Assim é  o serviço público brasileiro: precário, ausente, incompetente e obscuro, segundo o desejo desses setores recalcitrantes (ops!).
Tomara que Dona Dilma tenha força suficiente para acender a lâmpada sobre estes setores arcaicos da administração pública, para que vejamos, quem sabe, alguma luz no final do túnel!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

NÃO APAGUE A FOGUEIRA

Chegamos ao final da semana com boas notícias neste nosso Brasil varonil. Vejamos:
o Supremo Tribunal Federal marcou o julgamento do famoso "mensalão"(PeTistas, tremei!), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que estabelece a cota de 10% do PIB (produto interno bruto) para a educação e por último a policia conseguiu prender meio mundo de gente que fazia circular pela internet uma grande rede de pedofilia. Aliás, no meio desta gente desqualificada está o humorista (nem sei se este sujeito foi humorista algum dia na vida...) conhecido por MUÇÃO, que fazia um programa de rádio transmitido diariamente  de Fortaleza para boa parte do nordeste brasileiro.
Mas aí alguém poderá dizer: "pôxa, até que emfim um comentário positivo!" Sim meus amores, nem tudo está perdido. Algo de bom deve existir em meio a essa porcaria em que se transformou o país. 
Sou daqueles que alimentam a esperança como quem olha pra uma fogueira no fim das madrugadas de São João ou São Pedro (hoje, por sinal, é dia deste santo). Parece que está morrendo, mas de repente o fogo cresce, e ainda dá pra assar qualquer coisa. Ninguém é doido de jogar água e apagar tudo de vez. Esperar e confiar é preciso, sempre!
Além disso, o sábado e o domingo se aproximam, aleluia! 
Bom descanso pra todos vocês então!
Divirtam-se, mas com moderação,  exceto no amor, é claro!
O amor nunca é demais, afinal.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ SOLUÇÃO

A Câmara dos Deputados acaba de aprovar o projeto de lei que estabelece a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. Se o projeto for aprovado pelo Senado, o governo terá que obrigatoriamente destinar até 7% no quinto ano de vigência da lei, e no mínimo 10% no final do décimo ano.
Eu que sempre desço a lenha na classe política em geral, tenho que aplaudir a decisão, embora sabendo que a aprovação deste projeto de lei se deu graças a pressão de dezenas de entidades corporativas de estudantes, professores e outras organizações da sociedade civil.
Todo mundo já sabe que sem educação não há solução. Creio que também Dona Dilma, o Sr. Ministro Aluisio Mercadante e todos os políticos deste país não desconhecem o fato. E contra fatos não existem argumentos, já dizia a sabedoria popular. O diabo é que, apesar disso, o governo insiste em contrariar o fato! Os discursos são muito bonitos, todos a favor da educação, claro. As promessas feitas a cada semana, no lançamento dos diversos "programas" do governo, idem! Mas na hora de "meter a mão no bolso", é que se vê a real intenção dessa turma.
Sejam bem-vindos os 10%, nada mais justo. Mas não vamos agora pensar que somente com o aumento da verba iremos resolver os problemas enormes que a educação brasileira possui hoje em dia.  É claro que dinheiro é fundamental, mas não é tudo. De que adianta botar dinheiro na mão de administradores corruptos e incompetentes? As questões ligadas a gestão educacional devem ser tratadas como uma das prioridades. Talvez seja preciso também questionar e rever os modelos de educação que o país tem adotado. A tarefa, portanto, é bastante ampla e vai muito além do simples aumento de percentuais do PIB, embora este seja um ótimo começo..

quarta-feira, 27 de junho de 2012

ADVOGADO NÃO É COISA PARA POBRES!

O preço cobrado pelo Dr. Thomas Bastos para promover a defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, até onde se sabe, foi alguma coisa ao redor de 15 milhões de reais. Muita gente ficou escandalizada, e não é pra menos. Quem, é que pode pagar "honorários advocatícios" (ops!) desse ordem? Talvez uma meia dúzia de uns três ou quatro brasileiros milionários.
Mas a minha saudosa vovozinha já dizia que "quem pode pode e quem não pode se sacode". Foi assim que agora pela manhã bem cedo, ouvindo o rádio, como de costume (bom costume, diga-se de passagem...), tomei conhecimento de que a defensoria pública em muitos estados desse país ainda não funciona, ou funciona precariamente. 
No Paraná, por exemplo, apenas cinco municípios possuem defensoria pública. Imaginem agora os estados pobres, do norte e nordeste sobretudo. E se não tem assistência jurídica de graça, ora bolas, a quem o povo pobre vai recorrer se não pode pagar nem um mísero tostão, que dirá um milhão ou mais, para ter um advogado?
Assim é o nosso triste Brasil, uma terra aonde os ricaços, os endinheirados jamais pagam por seus crimes. No máximo ficam alguns meses na cadeia, isso quando o crime tem repercussão nacional. Depois que a poeira se assenta, voltam sorridentes ao convívio social e ninguém se lembra mais disso.  
Em compensação, os miseráveis, os pobres lascados da vida, se roubarem um pão ou uma lata de sardinha num supermercado, ainda que seja com o intuito (ops!) de saciar a fome, irão mofar na cadeia! 
Advogado e médico é coisa de rico, afinal!

terça-feira, 26 de junho de 2012

LUGO NÃO APRENDEU COM LULA

A crise política que abala o Paraguai, nosso vizinho, me faz pensar naquele  velho (e sábio) ditado popular: "quem avisa, amigo é". LULA da Silva, aquele que sempre tem razão, bem que avisou ao agora "ex" presidente LUGO, sobre a necessidade de ter maioria no Congresso. Se o governo não mantém o controle sobre o Poder Legislativo (e boa influência também no Judiciário, diga-se de passagem...) corre o risco de ficar com as calças na mão (!) E foi isso, nada mais nada menos, o que aconteceu no Paraguai de LUGO.
O sistema presidencialista, tal como foi concebido, ou seja, enquanto sistema de "pesos e medidas", no qual os três poderes se auto-regulariam evitando a supremacia de um ou de outro, a meu ver é um sistema falido. Na prática isso não acontece. Sim, o Presidente (ou A Presidenta) que não tiver maioria no Legislativo não consegue governar. E então, para governar, é obrigado a negociar. Até aí tudo bem. Mas a história nos mostra que o costume, ao menos aqui em terras brasileiras, não é exatamente este. Aqui não se negocia, se compra! Compra-se senadores, deputados, vereadores, partidos inteiros se preciso for. A política é um grande balcão de negócios! E o comércio irregular, feito à luz do dia, não tem coloração ideológica. O PT é a prova maior do que estou dizendo.
Fernando LUGO neste momento deve estar pensando assim: porque diabos eu não fiz como LULA no Brasil! Da próxima vez, além do tratamento contra o câncer, vou fazer também com os companheiros PeTistas do Brasil um curso prático de como obter a maioria no Congresso e governar tranquilo e calmo o meu país, do jeito que eu bem quiser!