Diz o ditado popular que "quem não deve não teme". A lei que obriga a administração pública a revelar os salários dos seus (nossos, melhor dizendo) funcionários foi sancionada mas ainda encontra muitas resistências por parte de alguns setores. No Poder Judiciário então, nem se fala! Tem juiz alegando que se o povo souber quanto é que ele ganha vai querer sequestra-lo (sinal de que deve estar ganhando muito bem...!).
O que parece ser uma questão de lógica se transformou em exercício de demagogia. Mutos agentes do governo, em todas as esferas, elaboram um discurso aparentemente coerente mas que na verdade não passa de embromação.
E por que é que eu digo que é uma questão de lógica? Porque, como o próprio nome já diz, trata-se de SERVIÇO PÚBLICO, e por isso mesmo o "público", os cidadãos e cidadãs que pagam por este serviço para dele receberem a prestação devida, têm o direito de saber tudo, inclusive quanto paga por ele. Como diria aquela comediante da Globo: "Tô pagando"... Quem paga tem que saber a quem paga e quanto paga não é mesmo? E mais ainda: tem que exigir que lhe seja entregue o produto adquirido ou lhe seja prestado um bom serviço.
Então, seguindo este meu raciocínio, no Brasil a gente paga, e paga caro, muito caro, por um produto que nem sempre é entregue e por serviços que na maioria das vezes não são prestados ou o são de forma precária. Exemplos abundam (ops!), a saúde, a educação, o transporte... e por aí vai (não vai, aliás!...) Além disso, nem sequer sabemos o quando pagamos!
Assim é o serviço público brasileiro: precário, ausente, incompetente e obscuro, segundo o desejo desses setores recalcitrantes (ops!).
Tomara que Dona Dilma tenha força suficiente para acender a lâmpada sobre estes setores arcaicos da administração pública, para que vejamos, quem sabe, alguma luz no final do túnel!
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